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terça-feira, 24 de abril de 2012

‘’PROFESSOR NA RUA, PREFEITO A CULPA É SUA’’, DIZEM EDUCADORES MUNICIPAIS; CARREATA ENCERRA PROTESTOS


Manifesto terminou com carreata pelas ruas da cidade/ Alan Prodelik
Atualizado às 22h31
As declarações do prefeito Frederico Bittencurt Hornung, o Neto, não foram suficiente para acalmar os ânimos dos professores municipais. Foi  decidido em assembleia  realizar duas paralisações, ao contrário de apenas uma como foi divulgado. Apoiados pelo Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Paraná (APP), na manhã e tarde de hoje protestaram na Praça da Matriz com faixas, bandeiras, palavras de ordem, discursos e carreata pela Avenida Coronel e as  ruas em volta finalizou a revolta.

Os educadores que aderiram à paralisação dispensaram os alunos. Os que moram no interior tiveram que ficar na escola à espera dos ônibus.



O movimento tomou força no segundo ato, às 16h. Liderados por Tércio Alves do Nascimento, representante municipal da APP, com uso de megafone, como fez a presidente regional do sindicato Vera Rosi Campos pela manhã, ele explicou por diversas vezes as razões da paralisação. ’’Nós não estamos aqui para fazer baderna, como muitos estão dizendo por aí. Estamos buscando nossos direitos. Um professor bem remunerado, com tempo para preparar as aulas, ele trabalha com vontade e consequentemente, vai melhorar a educação de vossos filhos. Queremos o que está na lei [federal] seja cumprida aqui em Reserva, é um direito nosso’’, fala.

Para fechar o manifesto, uma carreata foi organizada. Com buzinas e gritos, os educadores passaram por pontos como a Prefeitura Municipal, delegacia, rodoviária e à casa do prefeito Neto. Foi encerrado na Praça da Matriz, o local da dispersão.

Mais cedo 

Presidente da APP Ponta Grossa em discurso pró-professores/ Alan Prodelik
A presidente da APP de Ponta Grossa, Vera Rosi, argumentou da falta de dialogo que o sindicato está tendo com o governo municipal. ‘’Em nível estadual as negociações estão bem adiantadas, mas em alguns municípios, principalmente aqui em Reserva, a gente não tem avançado. O que nós temos conseguido em relação às revindicações da categoria, é via justiça. Pois infelizmente, o gestor municipal não debate, atende, conversa e não negocia. Essa atividade é pra contar para a sociedade qual é o tratamento que o gestor municipal dá para a educação. Nós já tentamos todo tipo de negociação e não conseguimos’’, explica ela.
Professores municipais com apoio da APP protestam/ Foto Alan Prodelik

Os professores escreviam frases nos veículos que paravam, entre eles do vice-prefeito municipal Aleixo Lopata e dos  vereadores  Wilson de Holliben e Allisson Martins que aceitaram. Entre os discursos, gritos incentivos chamaram a atenção de quem passava pelo local. ‘’Professor na rua, prefeito a culpa é sua’’, diziam em tom exaltado os manifestantes.

Segundo a APP, nos 16 municípios que a regional de Ponta Grossa atende, a situação mais delicada é em Reserva. ‘’Nós temos 50% desses lugares filiadas à APP, em todos esses já conseguimos avançar, inclusive com o Piso Nacional e eleições para diretores, que reza a lei. Somente aqui em Reserva nós não conseguimos avançar’’, conclui.

As principais revindicações são Piso Salarial Nacional [Lei Federal 11738 de 16 de julho de 2008] e a Hora Atividade de 33%.


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