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terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Eta mundo pequeno!

Aposto que você já disse ou ouviu esta frase mais de cem vezes, mas jamais pensou na verdade que trás. Na realidade normalmente a usamos como fator de surpresa ao sabermos ou termos um encontro inesperado, ou se descobrir amigos em comum. Mas até onde ela pode nos atingir? E como?

Na maioria das vezes esta figuração tende a transparecer uma situação desagradável, especialmente se for para os outros, mas jamais desejada por nós. Aliás, como já dissemos a pouco, ela facilmente lembra algo que nos desagrade, mas pode agradar se por acaso atingir algum desafeto ou até mesmo possível desamor.

“Sabe quem encontrei? E o que me contaram? Pois é! Eta mundo pequeno!”

O mais incrível é que quase sempre, este “Eta mundo pequeno!” traz algum fato que mesmo que não seja acaba recebendo tratamento de real.

Não devemos esquecer que este “Eta mundo pequeno!” pode ser substituído por um “Mas este mundo é mesmo pequeno hein?” ou até mesmo por aquele “Ora, ora... Mas quem diria, hein?” Bem, pelo menos este último ainda nos dá uma pequena chance de dúvida.

De qualquer maneira, se a noticia sobre o mundo pequeno for boa, logo será esquecida. Mas se tiver alguma pitadinha de maldade ou surpresa negativa, logo será repassada com a rapidez de um rastilho de pólvora, porque afinal de contas, ela vem de um “mundo pequeno”.

Eu, entretanto, prefiro ficar com esta... A gente se vê por aí, ou por aqui, tanto faz, porque “Eta mundo pequeno, gente!”

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Antonio Jorge Rettenmaier, Cronista, Escritor e Palestrante, membro da AGEI, Associação Gaúcha dos Escritores Independentes. Esta coluna está em mais de oitenta jornais impressos e eletrônicos no Brasil e Exterior.

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