Frasco da vacina da gripe que está disponível nos postos da Vila Martins, Cruzeiro, Pronto Atendimento e no interior/ foto Alan Prodelik |
Os números colhidos até agora pela Campanha Nacional de Vacinação da Gripe em Reserva, que começou no último dia 5 e vai até 25 de maio, mostram que a procura pela vacina está abaixo do esperado. De 80%, o nível aceitado pelo Ministério da Saúde, foi atingido 55%, isso representa 2.024 pessoas de mais de 4.000 do grupo de risco. Segundo relatório do setor responsável da Secretaria de Saúde.
A situação mais preocupante fica por conta dos idosos, que muitos ainda acreditam em crenças contra o medicamento. Outros veem o lado positivo de se imunizarem.
A situação mais preocupante fica por conta dos idosos, que muitos ainda acreditam em crenças contra o medicamento. Outros veem o lado positivo de se imunizarem.
As gestantes, idosos acima de 60 anos, com doenças crônicas como diabetes, obesidade, problemas respiratórios dentre outras, os indígenas e crianças de seis meses a dois anos de idade, devem ir aos postos da Vila Martins, Pronto Atendimento, Bairro Cruzeiro ou na Clinica da Mulher deve buscar a vacina de graça, das 8h às 17h. Há também equipes que percorrem o meio rural.
A preocupação atual da Secretaria de Saúde é com a baixa procura das pessoas da terceira idade, que representam parte considerável da campanha. O mito que gerou em volta da vacina ainda persiste. ‘’A vacina não dá gripe. Existe que, quando é feita a vacina da gripe, ela demora 15 dias para que ela faça efeito desejado. Normalmente ele faz reações leves como dor de cabeça, febre baixa normal, mas dizer que depois de tomar a vacina após dois ou três dias teve gripe, é um equivoco enorme. Isso pode esquecer é lenda e não tem prejuízo nenhum à população ’’, explica Reinado de Andrade, enfermeiro da Vigilância Epidemiológica.
Esse lado pessimista da vacina não convence Américo Ferreira Filho, que mora na localidade de Anta Gorda, que há dez anos toma e vê sua saúde progredir aos 70 anos. ‘’Acho ótima e pra mim é especial, pois quando tenho gripe, é uma gripe fraca desde que comecei a vir no posto. O governo fez uma boa coisa, antes pegava gripe e dava vontade de morrer e hoje é bem fraquinha; qualquer chazinho já resolve’’, comenta ele.
Se antes da campanha a gripe era uma das principais causas de mortes na população acima de 60 anos, agora, com a vacinação os números de internamentos e óbitos caíram e deram lugar as doenças crônicas. ‘’Se nós compararmos a população do ano 2000 e agora o de 2010 do último Censo ele vai mostrar que faixa que mais cresceu aqui em Reserva foi dos idosos. Um dos motivos é a vacinação, que diminuiu o número de internamentos e problemas respiratórios. Hoje já mudou, agora são as doenças cardiovasculares como infarto, derrame pelo perfil de vida e má alimentação principalmente’’, fala o representante de saúde.
É o caso de Edson Manosso, que é transplantado há 15 anos e está na faixa de prioridade. ‘’Mais de dez anos que eu já me vacino com ela. Não me dá gripe fraquinha ou um ameaço e nada mais. Esse ano eu não tomei devido que nãoi obtive tempo, mas estava olhando que vai até dia 25’’, diz ele.
Descartado
Se tratando de crianças e mulheres grávidas, 80% do público-alvo já se imuniza na Clinica da Mulher e aproveitam para fazer o pré-natal. Mesmo a gestante que está com poucos dias de gravidez deve procurar a vacina. Houve até o ano passado um receio de possíveis contraindicações no medicamento para as futuras mães. Existiu ano passado e no ano retrasado uma preocupação em relação à vacinação em gestantes, achando que poderia interferir na gravidez fazendo ocorrer aborto ou uma má formação do feto. Isso já foi descartado. É fato que a vacina não faz nenhuma reação no feto’’, esclarece Andrade.
A população que está fora do grupo de risco vai poder buscar a vacina a partir de 27 deste mês ou após o Ministério da Saúde autorizar.
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