A quebra da safra de verão 2008/09 ocorrida no Paraná, em conseqüência da estiagem que se agravou no final do ano passado, está influenciando na redução da estimativa de safra de grãos do País para 2009. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) está prevendo uma colheita 7,6% inferior a do ano passado com a perda de 11,1 milhões de toneladas de grãos. A expectativa inicial para o Brasil era colher 145,8 milhões de toneladas e a estimativa atual de colheita foi reavaliada para 134,7 milhões de toneladas.Levantamento simultâneo da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab), divulgado nesta quinta-feira (05) aponta quebra de 14,7% na produção de grãos do Paraná, com uma redução de 4,5 milhões de toneladas. A produção prevista para o Estado em 2009 cai de 30,51 milhões de toneladas em 2008 para 26,02 milhões de toneladas.Se esse resultado for consolidado, o Paraná pode deixar a condição de primeiro produtor de grãos do País. O Mato Grosso, que não sofreu os efeitos da seca, deverá produzir 26,79 milhões de toneladas neste ano.“A consolidação da safra anual de 2009 vai depender do comportamento do clima daqui para frente, da conjuntura de preços que pode induzir ao maior plantio da segunda safra de milho, do trigo e das lavouras de inverno, do qual o Paraná se destaca como maior produtor. E ainda do desempenho dessas culturas”, disse o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Valter Bianchini.ESTÍMULO – Para Bianchini, a perda de produção foi grave no Estado, principalmente nas regiões Oeste e Sudoeste, onde a quebra da safra foi mais acentuada. Num cenário difícil como este, destacou que uma das coisas que ajuda o Paraná a enfrentar as perdas é o estímulo que o Governo do Estado dá à diversificação da agricultura com a integração lavoura-pecuária e com a agroindustrialização da produção.“O Governo do Estado, através da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento vem trabalhando firme no sentido de direcionar a Agricultura Familiar a diversificar a produção na propriedade com atividades como o leite, a fruticultura, horticultura e a integração lavoura e pecuária e a transformação da produção”, disse o secretário.Bianchini lembrou ainda que a maior parte das lavouras no Estado é financiada pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que apóia o produtor com o seguro que cobre a dívida de custeio da safra no banco e ainda oferece renda extra de até R$ 2.500,00 para o agricultor familiar esperar o resultado da próxima safra. LAVOURAS – As culturas mais prejudicadas pela seca no Paraná foram o milho, feijão e soja. O IBGE está prevendo quebra de produção de 24,4% na produção total de milho do Estado. Em 2008, foram colhidos 15,37 milhões de toneladas e em 2009 esse volume deve cair para 11,62 milhões de toneladas. Na safra de verão, o IBGE está prevendo uma redução de 38,2%, mas admite a recuperação da produção com a segunda safra (safrinha) que já está sendo plantada. Com o retorno das chuvas, a expectativa é de uma boa produção de milho na segunda safra. A Conab está prevendo uma colheita de 5,7 milhões de toneladas para o milho safrinha.A soja apresenta queda de 17,1% segundo o IBGE. A produção esperada é de 9,86 milhões de toneladas contra um volume de 11,89 milhões de toneladas colhidos no ano passado.O volume total entre as três safras de feijão cultivadas no Paraná pode cair 13,6%, passando de 764 mil toneladas colhidas em 2008 para 660.021 toneladas em 2009. Segundo o IBGE, a quebra maior ocorreu na primeira safra, cujo volume de produção deve cair de 413.378 toneladas colhidas em 2008 para 352.915 toneladas este ano, uma redução de 14,6%.
www.aenoticias.pr.gov.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário